Em prosa e verso
Para enxergar minhas rimas,
minhas figuras de linguagem profunda,
a sutileza de minhas metáforas corporais,
você não precisaria me anotar em poesia;
notá-la,
já seria o suficiente.
Impossível… quando se está tão ocupado
em achar que abuso das palavras.
São sempre muitas.
São sempre a mais.
Acha que meus pensamentos romanceiam em linhas infinitas –
páginas de quinhentas páginas.
Não as lê até o fim,
te cansam.
Por que tanto?
Porque tenho visão caleidoscópica.
Por isso tantas linhas transversais,
tantos modos, tanto dizer, tanto enxergar;
por isso tantas palavras para tantos ângulos.
Por isso as linhas infinitas no pensamento,
a visão em páginas de quinhentas páginas,
mais os escritos às margens,
mais as notas de rodapé.
Porém, mesmo sendo desfocada no olhar que vai,
quero que seja focado o olhar que vem.
Entenda.
Eu enxergo em prosa, mas quero ser vista em poesia.
que lindo esse poema, fiquei apaixonada! Prosa e poesia e é a mais pura verdade, condordo completamente, hehe
Beijinhos Rê!
Vi-me nesse seu poema. Inclusive nos volteios que deu para chegar ao ponto, culminante, em que a verdade é desnudada.
Um beijão
Saudades,
Carol
Muito legal, filha… um dia serei poeta como você.
Poeta, palavra comum de dois gêneros
Parabéns pelas palavras e pelo blog…Sempre bom saber que o romantismo e a poesia ainda encontram um lugar seguro e aconchegante em um ou outro coração.
Sucessos.
SIR Robson Vieira
@r_vieira_