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Em prosa e verso

14/04/2011

Para enxergar minhas rimas,
minhas figuras de linguagem profunda,
a sutileza de minhas metáforas corporais,
você não precisaria me anotar em poesia;
notá-la,
já seria o suficiente.

Impossível… quando se está tão ocupado
em achar que abuso das palavras.
São sempre muitas.
São sempre a mais.
Acha que meus pensamentos romanceiam em linhas infinitas –
páginas de quinhentas páginas.
Não as lê até o fim,
te cansam.

Por que tanto?
Porque tenho visão caleidoscópica.
Por isso tantas linhas transversais,
tantos modos, tanto dizer, tanto enxergar;
por isso tantas palavras para tantos ângulos.
Por isso as linhas infinitas no pensamento,
a visão em páginas de quinhentas páginas,
mais os escritos às margens,
mais as notas de rodapé.

Porém, mesmo sendo desfocada no olhar que vai,
quero que seja focado o olhar que vem.

Entenda.
Eu enxergo em prosa, mas quero ser vista em poesia.

4 Comentários leave one →
  1. 14/04/2011 23:11

    que lindo esse poema, fiquei apaixonada! Prosa e poesia e é a mais pura verdade, condordo completamente, hehe
    Beijinhos Rê!

  2. 18/05/2011 17:23

    Vi-me nesse seu poema. Inclusive nos volteios que deu para chegar ao ponto, culminante, em que a verdade é desnudada.

    Um beijão

    Saudades,

    Carol

  3. Cássio Lopes permalink
    24/05/2011 22:16

    Muito legal, filha… um dia serei poeta como você.
    Poeta, palavra comum de dois gêneros

  4. ROBSON VIEIRA permalink
    25/09/2011 08:30

    Parabéns pelas palavras e pelo blog…Sempre bom saber que o romantismo e a poesia ainda encontram um lugar seguro e aconchegante em um ou outro coração.
    Sucessos.
    SIR Robson Vieira
    @r_vieira_

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